sexta-feira, 1 de abril de 2011

Miss delírio !


Um, dois, três... Dez, doze. Quinze taças de champagne foram o necessário para fazer com que eu confundisse nomes e bocas.

A festa estava maravilhosa, tudo o que havia de mais refinado encontrava-se na mesma. Quando em meia taça de dezesseis vezes que eu afirmará ser a ultima, ele juntou-se a minha festa. Tudo parecia confuso, porque ele estava lá? Por qual motivo ele tinha de me prestigiar? Com os meus neurônios e a minha bexiga a mil, eu fiquei pensando no acaso.

Ele se aproximou, cumprimentou-me como o exímio cavalheiro que é, bailou comigo algumas valsas e resquícios de tangos argentinos, elogio-me da cabeça aos pés, afirmou que eu aparentava ter mudado, mais bonita, mais gostosa, muitos adjetivos. Entre pés para lá e pés para cá, decidimos subir e descer.

Fomos para o terceiro ou quarto andar do meu prédio, não me lembro ao certo minha visão era muito turva. Ele me beijava como antigamente, não com a sede de me ter em seu corpo, mais sim em seu coração, ele me apalpava como se estivesse reconhecendo cada pedacinho daquele mundo que era seu, ele me proporcionou um prazer surreal, não sei ao certo se o champagne ajudou, mais enfim, não há explicações.

Aqueles degraus. Sobe e desce (...)

Ele puxou-me para seus braços e eu senti aquele aroma Frances único, levou-me para olhar a lua, pois ela havia de contemplar tal beleza, porém o tempo estava nublado que nem a nossa relação um pouco de lua um pouco de chuva. Fomos ao jardim, chovia ou a lua que nos molhava com sua tamanha beleza, eu nunca me sentir tão molhada em toda minha vida e a chuva ou a lua apenas ajudavam a situação.

Sinto-me num daqueles filmes franceses, onde não há final, não há explicação, só há amor e ódio se interligando, sexo e pudor se digladiando e o sim e não sempre se impondo. O que eu sinto por ele, o que ele sente por mim?

De poucas lembranças, a que toma conta de meus pensamentos alcoolizados é a mensagem que eu deixei escrito em um guardanapo de cetim: “Te odeio eternamente”. Mais pelo o que me consta o calendário este não era o dia ideal para escrever tal coisa.

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