Eu que inusitadamente não estava atrás de algo alto o suficiente para o meu convívio, fui obrigada a conhecer-te talvez por educação, charme, simpatia, meu estado mental. Não importa as causa quando não se pensa nas conseqüências como de costume de se esperar de uma mulher frágil.
Eu estou contando os minutinhos para você decidir de uma vez por todas o que vais fazer com mais essa peça que falta no seu quebra cabeça para maiores de dez anos. Estou ansiosa para ver qual será o meu lugar nessa brincadeira toda, novamente eu me coloco em uma situação ridícula. Preciso encontrar novos hobbies, propositalmente adquirir uma overdose, ou talvez comprar uma dose de veneno anti-monotonia.
Todos dizem que você mudou o sentido que eu dava a minha “vida”, que contribuístes para o meu bem estar e que colocastes mais nicotina no meu pulmão do que qualquer outro. Dizem que o cheiro do cigarro apaixona... Assim como dizem que eu estou apaixonada. Tolos.
Não há sentido em me apaixonar a essa altura do campeonato, não seria algo bom... Será que é bom ainda? Não estou me privando de sentir algo por alguém que tem como maior adjetivo a palavra: Cético. Estou apenas me fazendo um bem em não fazer algum sentido.
Amanhã eu penso na questão da palavra “nós”, afinal de contas com um amor desse ele sabe que deveria estar feliz. Falsidade faz parte de nosso convívio é uma virtude ao meu olhar, ser verdadeiro é o maior erro que podemos cometer em nossas vidas. Sabe o que é mais difícil de afirmar e reforçar nisso tudo? É que, não... Eu não consigo mais respirar sem ter resquícios do aroma do seu tabagismo, daquele perfume amadeirado que eu detesto, daquele ar de “eu posso te amar”, daquele você!